quarta-feira, 28 de novembro de 2007

Descobrimentos e Alimentação



Como seria hoje a nossa alimentação se não conhecesse-mos a abóbora, o amendoim, o ananás, a batata, o cacau, o feijão, o girassol, o milho, o pimento e o tomate?
Muito monótona, certamente. Ora, na realidade, todos estes produtos são de origem americana e eram perfeitamente desconhecidos na Europa, e no resto do mundo, antes de 1500.

A dieta medieval portuguesa era bastante limitada, constando sobretudo de pão de trigo ou centeio; de legumes variados, com predomínio para as couves, o grão e as favas; de frutas, como as castanhas, as maçãs, as uvas ou os marmelos; de vinho e de azeite; e de mel, que servia de adoçante.
Algum peixe e alguma carne completavam a mesa dos mais abastados.

Com grandes viagens de descobrimento, a partir do século XV, tudo mudou.
Nas novas terras contactadas, em África, na Ásia e na América, os navegadores portugueses depararam com novos alimentos e novos condimentos, anteriormente desconhecidos ou pouco vulgarizados. E logo se encarregaram de os divulgar e, quando possível, de os transplantar para Portugal ou para os arquipélagos da Madeira e dos Açores.

Os descobrimentos portugueses tiveram, assim, um enorme impacto nos hábitos alimentares de muitos povos. A dieta dos europeus, graças à viagem das plantas, alterou-se radicalmente, sendo enriquecida com numerosos produtos vegetais oriundos de outros continentes.

A cana-de-açúcar, originária da Ásia, passou a ser cultivada no Algarve e na Madeira, revolucionando a doçaria portuguesa. De África, os navegadores portugueses trouxeram a malagueta, o coco, a melancia, e mais tarde também o café, que diversificaram a nossa gastronomia.

Da Ásia, vieram especiarias exóticas como a pimenta, a canela, o gengibre e o cravo-da-índia, que se vulgarizaram em Portugal e, logo depois, na Europa. Vieram também frutas então quase desconhecidas entre os europeus, como a banana, a manga e a laranja doce. Da longínqua China, os portugueses trouxeram ainda o chá, que é hoje a bebida mais consumida a nível mundial.

Mas a América, contactada pela primeira vez em finais do século XV por portugueses e espanhóis, era o continente mais rico e exuberante em termos vegetais. De lá trouxeram os navegadores ibéricos numerosos produtos que hoje fazem parte integrante da gastronomia europeia, como a abóbora, o amendoim, o ananás, a batata, a batata-doce, a baunilha, o cacau (e o chocolate), o caju, o feijão, o girassol, o maracujá, o milho, a papaia, o pimento e o tomate.


Sofia Luís nº22
Naturopatia 1ºano A

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