terça-feira, 26 de fevereiro de 2008

Toxinfecções Alimentares Colectivas

As Toxinfecções Alimentares Colectivas (TAC) são consideradas como um problema de saúde pública e a sua vigilância epidemiológica é um pilar importante de uma política integrada de Segurança Alimentar.

A nível mundial, as toxinfecções alimentares são cerca de 350 vezes mais frequentes do que os casos declarados.
A Organização Mundial da Saúde (OMS) aconselha os países membros a reforçar os sistemas de vigilância das Toxinfecções Alimentares Colectivas (TAC).
Considerando que esses sistemas são a base para a formulação de estratégias nacionais que contribuam para a redução dos riscos relacionados com os alimentos.

Com o objectivo de criar uma base de dados que centralizasse a informação sobre as doenças de origem alimentar, começou a ser desenvolvido, em Dezembro 2005, o projecto-piloto PROTOREG (Programa piloto de registo de toxinfecções em hospitais nacionais) > www.protoreg.org

Outra abordagem possível para a caracterização das toxinfecções alimentares, seria, em vez de utilizar os casos clínicos identificados, será a realização de estudos dos agentes causadores das possíveis toxinfecções, detectados em análises microbiológicas alimentares de rotina.

Em relação aos resultados obtidos relativos à presença de microrganismos, conclui-se que a E.coli é mais frequente na Primavera, sendo menos frequente no Inverno. Quanto à localização geográfica é mais frequente na região de Lisboa e Vale do Tejo e no sul. Em relação ao tipo de restauração foi mais elevada na produção em fábrica, sendo também mais frequente em alimentos confeccionados e na carne fresca.

No caso de Staphylococcus, a contaminação foi mais frequente no Inverno, na região de Lisboa e Vale do Tejo, em refeitórios, restaurantes e estabelecimentos de fast-food, e em alimentos confeccionados.

No caso da Salmonella verificou-se uma contagem nula, situação que nas análises do estudo da Proteste, a cantinas e alguns alimentos do circuito comercial, e também no registo da DGS, de toxinfecções alimentares nas unidades de cuidados de saúde, foi bem diferente, uma vez que nestes casos não é de esperar que se aplique sempre um sistema de auto-controlo, principalmente nas refeições domésticas. De resto são estas as principais motivadoras da ida às urgências.

Jorge Martinho

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