quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Alimentação e Sistemas de Produção Intensiva

Com o crescimento demográfico a aumentar, o Homem sentiu necessidade de começar a produzir em grande escala, para satisfazer as necessidades de consumo cada vez maiores, assim passou-se de uma situação de produção integrada a sistemas de produção industrial / intensiva.
Com a produção intensiva vêm problemas não só ambientais, pois há um desrespeito complecto pelo ecossistemas envolventes e pelos ciclos da natureza, como em última análise também afectam a qualidade do alimento produzido.

A agricultura integrada aproveita os recursos naturais de forma sustentável, utiliza os ciclos naturais e mantém-se em equilibrio com o ecossistema, assim para além do cultivo da terra a produção animal estava integrada no mesmo sistema, havendo um ciclo de renovação e aproveitamento de todos os recursos, quase sem produção de resíduos.

A produção intensiva é separativa, ou seja, há por um lado o cultivo, normalmente de monocultivo, e por outro lado há a produção animal, que depende da primeira mas estão dissociadas uma da outra.

O cultivo intensivo da terra provoca um empobrecimento do solo que por sua vez vai tornar a produção que daí advém também mais pobre em nutrientes. Para compensar este empobrecimento do solo utilizam-se adubos quimicos que são de mais facil absorção que os adubos orgânicos, uma vez que estão numa forma imediatamente disponível às plantas, mas não têm capacidade de retenção de água nem de manter o equilibrio biológico necessários à produtividade.

Com este ciclo viciante a terra fica cada vez mais pobre e necessita cada vez de mais de adubos. As culturas acabam por ficar mais fragilizadas e susceptíveis a pragas que são combatidas com pesticidas e herbicidas os quais são ainda mais prejudiciais à saúde e ao meio ambiente.
No caso de culturas que mais tarde servem de alimento à produção animal o problema agrava-se uma vez que, num sistema de produção animal intensiva para além de cereais contaminados os animais ainda são sujeitos a tratamentos hormonais e com antibioticos.

Assim, o animal proveniente de uma produção intensiva acumula nos seus tecidos pesticidas e herbicidas utilizados nos cereais e acumula também hormonas e vestigios de antibioticos que por sua vez também ficam presentes na nossa alimentação diária.

Acumulando-se posteriormente nos nossos tecidos podendo provocar efeitos nefastos na saúde.

Resumindo:

A cultura intensiva veio por um lado trazer maiores quantidades de produtos à nossa mesa, mas a qualidade degradou-se ao longo da sua produção e quando os alimentos vão à mesa já não possuem a mesma quantidade de nutrientes que possuiam há 50 ou 60 anos atrás.

Cláudia Rosa
Turma 1C Naturopatia
07/11/2007

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